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Regra 5: Não Seja Fiador

Ser fiador é arriscar seu capital por outra pessoa, sem garantia de retorno. O atravessador deve sempre proteger seu patrimônio. Evite assumir riscos que dependam da responsabilidade alheia. Seu foco deve ser no controle dos seus próprios negócios.

Há alguns anos, cometi um dos maiores erros financeiros da minha vida. Um amigo próximo, que estava passando por dificuldades, me pediu para usar meu cartão de crédito para cobrir algumas despesas enquanto ele se reestruturava. Era alguém que eu conhecia há muito tempo, confiava, e, por isso, achei que não teria problema em ajudá-lo. O plano era simples: ele usaria o cartão, pagaria as parcelas aos poucos, e tudo estaria resolvido.

No começo, as coisas até pareciam funcionar bem. Ele pagou as primeiras faturas pontualmente, e eu não me preocupei. Mas, com o tempo, as desculpas começaram a aparecer. Primeiro foi um atraso no pagamento, depois uma promessa de que na semana seguinte ele quitava tudo. Assim foi por meses, e a dívida no cartão só crescia, com juros acumulando.

Chegou um ponto em que ele simplesmente não conseguia mais pagar. Tentei conversar, pedir uma solução, mas percebi que, na prática, eu havia perdido o controle da situação. E o pior: a dívida estava no meu nome. Sem outra opção, precisei assumir o pagamento de todas as parcelas, e acabei perdendo uma quantia significativa, que levou meses para ser quitada. O valor não era apenas o dinheiro, mas a frustração de perceber que eu tinha arriscado meu patrimônio por outra pessoa, sem qualquer garantia de retorno.

Essa experiência me ensinou uma lição fundamental que se aplica tanto à vida pessoal quanto ao mundo dos negócios: ser fiador ou emprestar seu patrimônio é arriscar seu capital sem controle sobre o resultado. Como atravessador, ou mesmo como qualquer empresário, você deve proteger o que é seu. Nunca devemos assumir riscos que dependam da responsabilidade alheia. Se algo der errado, é você quem paga a conta. Meu foco, desde então, é garantir que eu tenha o controle total dos meus negócios e investimentos. Afinal, o único risco que vale a pena correr é aquele que está sob a sua gestão direta.

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